Como diz o poeta, escolhemos os nossos amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não queremos só o ombro ou o colo, queremos também a sua maior alegria.
E a nossa maior alegria sempre foi povoar os nossos cadernos de infantes de mil histórias e de cumplicidades sem complementos indirectos e sem marés fartas de encher.
Há muito que escrevemos.
Sem parar.
Nesta obra, demos as nossas mãos e as nossas palavras.
As que sobravam a cada um.
Um começa o poema e encerra-o com uma frase.
O outro continua partindo apenas desse primeiro estímulo, começando com a última frase do poema anterior (fim e início dos poemas devidamente assinalados a itálico), até se fechar o ciclo numa caminhada desenfreada.